Renascimento Cultural
O ser humano e a ciência
Artistas, escritores e cientistas do Renascimento cultural romperam com os padrões da arte e da ciência da Idade Média, que tinham acentuada influência da religiosidade. Desde o século XI, a Europa vinha passando pelo desenvolvimento do artesanato e do comércio, pelo contato crescente com culturas do Oriente e pelo processo de formação e de enriquecimento da burguesia.
Essas transformações deram início a novas maneiras de pensar que, lentamente, se difundiram entre alguns setores da sociedade europeia e se refletiram na literatura, artes plásticas e nas pesquisas científicas.
Os renascentistas inspirarão-se nas idéias e nos valores da cultura greco-romana da Antiguidade. Muitas obras que os gregos e os romanos produziam passaram a ser estudadas e analisadas por escritores, cientistas e artistas do renascimento. A literatura europeia dos séculos XV e XIV foi influenciada pelo humanismo greco-romano, em que se valorizava o ser humano e sua capacidade criativa.
A exemplo dos gregos e dos romanos, os renascentistas consideravam que as pessoas tinham papel ativo nos acontecimentos cotidianos, negando a visão medieval de que os homens seriam espectadores dos acontecimentos "planejados" por Deus.
Pouco a pouco, os renascentistas questionavam o teocentrismo e valorizavam o antropocentrismo. Rejeitavam também as teorias que não apresentavam conhecimentos científicos aprofundados. Embora fossem cristãos, eles procuravam separar fé e razão, buscando explicar fenômenos da natureza e acontecimentos sociais e políticos por meio do racionalismo.Cresceram assim na Europa os estudos e as pesquisas em diversas áreas do conhecimento.
Antropocentrismo: visão de mundo que coloca o ser humano no centro de todas as coisas.
Racionalismo: valorização do raciocínio humano e sua aplicação em diversas situações.
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